Biomédico no Esporte


Não, não estamos falando do biomédico como atleta. O sentido que queremos empregar aqui é a função do biomédico prestando serviços e demonstrando seus conhecimentos no mundo do esporte. O que um profissional formado para trabalhar em laboratórios poderia fazer em um universo tão dinâmico?
Você já deve saber o que um biomédico faz. Ainda não? Em resumo: trabalha em análises clínicas, que é uma das mais de 30 áreas de atuação registradas pelo Conselho Federal de Biomedicina1. Quando você faz um exame de sangue, fluídos corporais ou imagem será bem provável que um biomédico assinará o laudo desse exame. Há algum tempo os biomédicos começaram a ocupar outro espaço no mercado de trabalho como especialista em fisiologia do exercício. Ivan da Cruz Piçarro forma com Turíbio Leite de Barros Neto e Antônio Carlos da Silva o trio de biomédicos que iniciou a especialidade no Brasil criando o primeiro curso de especialização em 1985. Antigamente essa era uma área ocupada somente por médicos. Hoje o fisiologista se transformou numa peça importante dentro de uma equipe multidisciplinar que trabalha no esporte de alto rendimento como vôlei e natação, por exemplo 2.
Muito além de saber os valores de referência dos exames, o biomédico tem se destacado no meio pela sua capacidade de interpretação e análise dos exames dos atletas, sendo possível relacionar os resultados obtidos com a melhora do desempenho dos atletas. Para atletas de alto rendimento é muito importante saber sobre as alterações e adaptações metabólicas, cardiorrespiratórias e músculo-ósteo-articulares ocorridas devido à carga de exercícios e com isso tentar chegar ao melhor rendimento com um menor esforço.
Para trabalhar nessa área é necessário um curso de pós graduação em Fisiologia do Exercício que pode ser encontrado em algumas faculdades e universidades do país. 



Autor: Rodrigo de Brito Gonçalves, estudante de Biomedicina 

Orientação: Prof. André Bellin Mariano, D.Sc.