Um
fato ocorrido em outubro de 2004, teve ampla repercussão nacional e causou
preocupação no meio esportivo em geral, o jogador de futebol Paulo Sérgio
Oliveira da Silva, conhecido como Serginho, zagueiro da Associação Desportiva
de São Caetano, teve sua morte precoce nos gramados do estádio do Morumbi
devido ao um problema cardiológico não diagnosticado. Este é um fato que agrava
cada vez mais o mundo dos esportes, pois atletas de competição estão sujeitos a
terem infartos ou arritmias três vezes mais que a o restante da população,
ocorridos principalmente pelo excesso de atividade física, uso de esteróides
anabolizantes, atualmente em menor proporção e com ocorrências maiores em
atletas não profissionais, que visam melhorar o rendimento físico sem um
acompanhamento especializado, principalmente a falta de uma equipe que oriente
da forma adequada a estes atletas.
Pesquisa feita pela Sociedade Européia
de Cardiologia (SEC) mostrou que os esteróides anabolizantes são as substâncias
mais perigosas para os atletas, sendo estes os maiores responsáveis pelos
ataques do coração. O relatório europeu mostra também que a prática de esportes
reduz os riscos do aparecimento de doenças cardíacas. Pessoas que fazem
atividades físicas moderadas têm 40% menos chances de morrer de problemas no
coração, na comparação com pessoas que não praticam nenhum tipo de esporte.
Observa-se o crescimento de praticas
esportivas e seu entusiasmo que tem contaminando alguns aprendizes de atletas,
principalmente com o Brasil sediando dois dos maiores eventos esportivos, a
Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. A qualificação profissional para
atender a essa parte da população abre um campo enorme principalmente para a
atuação do Biomédico. Juntamente com outros profissionais da área da saúde e
esporte (Fisioterapeutas, Fisiologistas, Médicos e Professores de Educação
Física) podem contribuir, sobretudo com a prevenção de problemas cardíacos.
Este é o momento em que o Biomédico
deve ser visto como profissional capacitado, pois auxilia significativamente
outros profissionais a ter um diagnóstico preciso de cardiopatias e de outras
doenças, ajudando também a estabelecer estratégias de prevenção através de suas
análises de marcadores cardíacos ou em uma simples dosagem de potássio e sódio,
e no desenvolvimento de protocolos para garantir a qualidade em exames de
imagens, como na medicina nuclear, tomografia computadorizada e ressonância
magnética. A queda da mortalidade por doenças cardiovasculares deve ser
considerada uma grande conquista e principalmente o aumento de sobrevida da
população deve ser reconhecido e divulgado os esforços do Biomédico para
melhorar ainda mais esta realidade.
Texto
baseado na disciplina ‘Biomedicina do Exercício no Esporte’ ministrada pelo
Prof. Dr. André Bellin Mariano.
Aluna:
Karina Grecco Fernandes Coelho
Orientador:
Prof. André Bellin Mariano, D.Sc
Referência:
Arritmia em atletas, http://agencia.fapesp.br/ 08/09/2005